Recém-nascido prematuro com Hidrocefalia precisa de cirurgia urgente, mas não há vagas

Os pais de um bebê de 45 dias, que nasceu prematuro, enfrentam um drama em Feira de Santana. Rian apresentam um problema grave na cabeça e precisa fazer uma cirurgia , entretanto o Hospital da Mulher, onde a criança está internada não tem condição para a realização ad cirurgia, mas a família também não consegue a transferência da criança para outro hospital.
A criança que nasceu na unidade no sexto mês de gestação e pesando apenas 800 gramas, está internado há 45 dias e há 15 dias o diagnóstico de hidrocefalia (doença que aumenta o volume da cabeça ao acumular líquidos no crânio ), foi dado.
Segundo a pediatra , Mirna Porto, em entrevista a emissora de TV local, o recém nascido e para sobreviver, precisa ser operado o mais rápido possível. “Aqui no Hospital da Mulher a gente não tem nem o neurocirurgião na equipe médica, que seja capacitada para realizar essa cirurgia nem a infraestrutura de centro cirúrgico que é necessária para o procedimento.
Os pais, Murilo e Tamara Xavier buscam a todo momento a transferência para o Hospital Estadual da criança em Feira de Santana, mas não encontram vagas. Tentam também outras unidades hospitalares em Salvador, porem não tiveram nenhum sucesso.
Os progenitores da criança contam ainda que já a Defensoria e o Ministério Público para tentar a transferência do garoto, contudo os órgãos informaram que só poderiam entrar com uma representação em caso de negligencia no atendimento, o que não teria ocorrido no Hospital da Mulher.
A fundação Hospitalar de Feira de Santana, que administra o Hospital da Mulher, disse que já encaminhou 14 relatórios a Central de Regulação da Secretaria Estadual da Saúde, mas não consegue uma vaga para o garoto Ryan. A secretaria de Saúde informou a imprensa que está procurando uma vaga para o bebê.

Hidrocefalia

Segundo artigo de Debora Carvalho Medal , nuam publicação do portal Infoescola, a hidrocefalia (palavra derivada do grego hidro=água; céfalo=cabeça) é um acúmulo excessivo de fluído (líquido cefalorraquidiano) dentro dos ventrículos (espaços no cérebro) ou do espaço subaracnóide.
Este fluído é formado nos ventrículos, circula através do sistema ventricular e é absorvido para a corrente sanguínea. Possui diversas funções e, dentre elas, protege o encéfalo e a medula espinhal contra choques, agindo como uma almofada. A afecção em questão surge quando há um desequilíbrio entre a quantidade produzida desse líquido e a quantidade que é absorvida.
Esse desequilíbrio pode ocorrer devido a uma obstrução na drenagem do líquido para o sistema sanguíneo, ou também, ocorrer por outras razões, como excesso de produção do líquido cefalorraquidiano. Consequentemente ao aumento de líquido cefalorraquidiano, ocorre uma dilatação dos ventrículos, levando ao aumento da pressão dentro do crânio.
Esta doença pode ter causa congênita, sendo elas relacionadas principalmente a três causas:
Genética (hereditário);
Espinha bífida;
Recém-nascidos prematuros.
Já nos casos de hidrocefalia adquirida, as causas podem ser:
Infecções (caxumba, citomegalovirus, hepatite, toxoplasmose, poliomielite, entre outras);
Hemorragia intraventricular;
Meningite;
Traumatismos;
Tumores;
Cistos;
Estenose do Aqueduto Sylvius.
Classifica-se a hidrocefalia de acordo com sua causa:
Obstrutiva ou não-comunicante: é quando há um bloqueio no sistema ventricular do cérebro, impedindo que o líquido cefalorraquidiano flua normalmente pelo cérebro e medula espinhal. Esta obstrução pode surgir no nascimento ou até mesmo após.
Não-obstrutiva ou comunicante: é resultante da baixa produção do fluído ou de sua absorção. É mais comum de ocorrer quando há sangramento no espaço subaracnóideo, sendo que pode estar presente ao nascimento ou surgir depois.
Pressão normal: este tipo é uma hidrocefalia adquirida comunicante, onde os ventrículos estão dilatados, no entanto, não há aumento de pressão, aparecendo com maior frequência em pessoas idosas. Resulta de um trauma ou doença, porém as causas ainda não estão totalmente elucidadas.
Indivíduos que sofrem de hidrocefalia podem apresentar problemas de aprendizagem, geralmente associados com problemas de concentração, de raciocínio lógico, memória curta, problemas de coordenação, de organização, dificuldades de localização no tempo e nos espaço, problemas de motivação, puberdade precoce ou dificuldades visuais. Outros sinais que podem surgir são: rápido crescimento da cabeça, tornando-se excessivamente grande; irritabilidade; ataques epiléticos; cefaléia; dificuldades de locomoção; perda das habilidades físicas; alterações de personalidade; êmese; letargia.
O método diagnóstico mais eficaz e rápido é a ultra-sonografia, podendo diagnóstica a hidrocefalia no feto durante a gestação. Para delimitar a área afeta, podem ser feitos outros exames de imagem, como tomografia computadorizada eressonância magnética. O diagnóstico precoce é importante, pois quanto antes iniciado o tratamento, menor são as chances de seqüelas.
O tratamento geralmente é medicamentoso, mas pode também ser cirúrgico, através da drenagem do líquido cefalorraquidiano presente em excesso nos ventrículos, redirecionando-o para outras cavidades do organismo.
              informações do G1 e Infoescola

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